QUANDO QUEM MAIS PRECISA DE EQUILÍBRIO NÃO TEM EQUILÍBRIO

O G1 noticia que um Procurador da Fazenda Nacional tentou matar uma Juíza Federal dentro do ambiente de trabalho, na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região na av. Paulista em São Paulo (veja a reportagem em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/10/03/procurador-da-fazenda-esfaqueia-juiza-na-sede-do-trf-3a-regiao-na-avenida-paulista.ghtml).

Sempre que voltamos ao tema discutimos que um “homicídio” é um crime diferente de todos os demais. Independe de caráter, de condição socioeconômica, cultura ou idade. Qualquer pessoa é capaz de cometê-lo, planejadamente ou pelo ímpeto.

Porém, quando recebemos uma notícia como essa, devemos refletir não apenas acerca do crime ou da criminalidade e sim acerca da própria estrutura profissional e familiar que cada um de nós está construindo.

Um profissional do direito não é melhor nem pior do que qualquer outro profissional de qualquer outra área. No entanto, vivemos o “direito” o tempo todo, tratamos dos limites comportamentais impostos pela lei, das interpretações de fatos relevantes no contexto social e buscamos, seja qual for a nossa carreira jurídica, soluções para conflitos.

Quem não pensa ou age assim, está no lugar errado, na hora errada.

Se o profissional do direito não procurar ser uma pessoa equilibrada, que saiba lidar com fracassos e sucessos, que saiba ouvir e procurar meios adequados para ser ouvido, esse ser humano, por trás do profissional, será frustrado e pronto para por a perder toda uma história.

Evidentemente que não sabemos os detalhes do caso e não estamos fazendo nenhum juízo prévio de culpa. Estamos apenas dizendo que às vezes, aquele que mais devia ter equilíbrio não tem. E quando isso acontece a tragédia se instala.

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